O músico B. B. King, considerado o "Rei do Blues", morreu nesta madrugada (15 de maio), aos 89 anos. Em abril, o músico havia sido hospitalizado após sofrer uma desidratação por causa da diabetes tipo 2 da qual sofria há mais de 20 anos. O músico voltou a ser internado há poucos dias.
Nascido no Mississipi, ex agricultor, Riley B. King começou a se apresentar como músico nos anos 1940. Ele foi autodidata, nunca teve professor convencional, contou com o apoio de seu primo Bukka White (guitarrista renomado na região) que lhe deu umas dicas. Quando mudou-se para Memphis, passou a tocar regularmente na Beale Street, e mais tarde abriu um clube com seu nome, a "Broadway" da música negra nos Estados Unidos. Em 1949, foi contratado como DJ de uma rádio, onde ganhou o apelido que o eternizou, Blues Boy, ou B. B. Seu primeiro grande sucesso foi "Three O'Clock Blues", que estourou, a partir daí começou a fazer turnês sem parar; sua banda chegou a fazer 342 apresentações em 1956.
Ele tinha verdadeira paixão pelos seus instrumentos. Tanto que enfrentou um incêndio durante um show para salvar uma de suas guitarras. Ao saber, que o incêndio havia sido causado por uma briga entre dois rapazes por causa de uma garota, B. B. King passou a chamar suas guitarras de "Lucille", o nome da jovem em questão.
Ganhador de vários Grammy Awards, ainda fazia cerca de 100 apresentações por ano. O último show no Brasil ocorreu em 2012, em São Paulo. Antes, se apresentou no Rio de Janeiro e em Curitiba.
O músico se casou duas vezes. Primeiro com Martha Lee Denton, com quem viveu entre 1946 a 1952; e depois Sue Carol Hall, entre 1958 a 1966. O "Rei do Blues" deixa 14 filhos e mais de 50 netos.