Um legista de Los Angeles confirmou na sexta-feira (28 de agosto) que a morte de Michael Jackson, no dia 25 de junho, foi homicídio causado por duas drogas em especial. Em comunicado, o médico disse que Michael Jackson teve uma intoxicação aguda devido a uma dose letal do anestésico Propofol junto ao sedativo Lorazepam.O legista não divulgou o relatório completo da necrópsia de Michael a pedido das autoridades de Los Angeles.
O relatório policial informou que o médico pessoal do cantor, Conrad Murray, que se transformou no principal eixo da investigação, tinha admitido nos interrogatórios feitos pelos agentes de Los Angeles que estava tratando Michael Jackson de insônia durante as seis semanas que precederam a morte do cantor e, para isso, tinha usado diferentes remédios.Conrad Murray disse aos policiais que começou injetando no artista 50 miligramas de Propofol, mas foi diminuindo a dose por temer que Michael pudesse estar criando uma dependência ao medicamento. O médico reduziu à metade a quantidade do forte anestésico e combinou seu efeito com o de dois sedativos, Lorazepam e Midazolam. Dois dias antes da morte, Murray retirou o Propofol da mistura.
Em 25 de junho, dia da morte de Michael Jackson, Conrad explicou que à 1h30 (local) injetou Valium no cantor para ajudá-lo a dormir, mas que, como o artista continuava reclamando de insônia, ministrou meia hora mais tarde Lorazepam.
Michael continuou acordado, e, por isso, às 3h (local) o especialista decidiu aplicar Midazolam, ao qual se seguiram, sem sucesso, outras substâncias não especificadas até que finalmente o médico injetou 25 miligramas de Propofol, às 10h30.
Conrad assegurou que Michael Jackson tinha pedido reiteradamente que fosse aplicado esse anestésico. O artista então dormiu e o médico saiu para fazer algumas ligações telefônicas, segundo contou à polícia. Ao voltar ao quarto, o cantor não respirava e ele, então, começou a praticar a reanimação cardiopulmonar até a chegada dos serviços de emergência. Michael foi levado ao hospital da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), onde foi dado como morto por volta de 14h (local).
Segundo o médico generalista Andrei George Peleias, de São Paulo, a combinação de benzodiazepínicos (Lorazepam, Valium e Midazolam) é perigosa pelo risco de depressão do sistema nervoso central. "Nesse caso, as frequências cardiaca e respiratória podem cair demais, com risco de coma e mesmo de morte", explica.
Segundo o médico generalista Andrei George Peleias, de São Paulo, a combinação de benzodiazepínicos (Lorazepam, Valium e Midazolam) é perigosa pelo risco de depressão do sistema nervoso central. "Nesse caso, as frequências cardiaca e respiratória podem cair demais, com risco de coma e mesmo de morte", explica.
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